Colégio Estadual Dr. Guilherme Milward

Colégio Estadual Dr. Guilherme Milward
Foto do Colégio

Páginas

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Viagem ao Parque Nacional de Itatiaia

        São 06:00 h e, aos poucos, nossos intrépidos alunos, pais, mães e professores começam a se reunir em frente ao colégio para nossa excursão às terras do Parque Nacional de Itatiaia. Como desbravadores de um novo mundo, lá estão eles! Obviamente, a ansiedade pelo início da excursão instiga a emoção que está por vir. Mas, onde está um dos professores que não chega? Será que algum imprevisto aconteceu? E se ele não aparecer? Partiremos assim mesmo, sem ele, rumo àquele que foi nosso objeto de planos e planejamento durante as semanas anteriores? Não importa! O professor chegou! Vamos partir!

        São 07:00 h! Todos dentro do ônibus, documentação conferida pelo motorista, as recomendações habituais e o último aceno para os pais e mães que acompanham até o momento em que o motor é ligado e o grande veículo, aquele que nos levará ao conhecimento e à aventura, desaparece na curva.
Responsáveis e os 40 alunos e alunas vislumbram a paisagem ao seu redor. Aquela paisagem de sempre, mas que naquele dia parecia diferente. Talvez modificada pela alegria de estarmos indo rumo ao novo. Ou talvez, completamente invisível aos olhos que estão mais interessados no movimento, nas brincadeiras que acontecem no interior do veículo. Algo, em particular, parece despertar-lhes a atenção. Uma expectativa paira no ambiente. Quem será o primeiro a “chamar o Raul”?! Bem, vamos pular essa parte.
Chegamos à rodovia Presidente Dutra e, 50 minutos depois, uma parada no Graal de Itatiaia. Uma esticada nas pernas, um lanche. “Que lugar bonito!”, dizem alguns. Outros parecem fascinados. Mas, vamos embora! Opa! Antes, vamos tirar uma foto do pezão de moleque! Haja amendoim!
Mais meia hora e estamos no parque. Uau!

Informações sobre o parque

Criado em 14 de junho de 1937, por Getúlio Vargas, o Parque Nacional de Itatiaia ostenta o título de ter sido o primeiro a ser instituído no país.
Segundo o IBAMA, um Parque Nacional tem como objetivo “A PRESERVAÇÃO DE ECOSSISTEMAS NATURAIS DE GRANDE RELEVÂNCIA ECOLÓGICA E BELEZA CÊNICA, POSSIBILITANDO A REALIZAÇÃO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS E O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL, DE RECREAÇÃO EM CONTATO COM A NATUREZA E DE TURÍSMO ECOLÓGICO”.
Está localizado entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo junto à cidade de Itatiaia – RJ, abrangendo uma área de aproximadamente 30 mil hectares ou 300 quilômetros quadrados.
A região é tipicamente montanhosa e faz parte da chamada Serra da Mantiqueira. Com seus imponentes picos das Agulhas Negras (2791 metros de altitude) e das Prateleiras (2548 metros) se destaca como o teto do nosso estado se dando ao luxo de já ter oferecido aos seus visitantes, ainda que em raros momentos, a visão da neve cobrindo seu ponto mais elevado.
É dividido, conforme sua altitude, em parte alta, onde se encontram as formações citadas anteriormente e, parte baixa, onde está o Centro de Visitantes Wanderbilt Duarte de Barros com seu Museu da Flora e da Fauna, objeto de nossa excursão.
          Em virtude dessa peculiaridade topográfica e geológica o parque apresenta grande diversidade de vegetação. Nele são encontradas espécies típicas da flora da mata Atlântica como o palmito-juçara (Eutterpe edulis), a ficheira (Schyzolobium parahyba) e a quaresmeira (Tibouchina granulosa). A fauna é representada pelo bugio (Alouatta fusca), serelepe (Sciurus aestuans) e várias espécies de beija-flor. Ainda são encontradas espécies raras e endêmicas como o sapo-flamenguinho (Melanophryniscus moreirae), o símbolo do parque.
O local é uma importante atração turística recebendo milhares de visitantes em busca de tranqüilidade e de um clima agradável. A beleza de suas montanhas, de seus córregos e cachoeiras, sem dúvida é um convite aos turistas de várias partes do Brasil e do mundo, amantes das paisagens naturais como florestas e formações rochosas.
             As claras e frias águas que brotam das nascentes escondidas pela vegetação, correm por entre pedras esculpidas durante anos pela força incessante do líquido cristal que jorra, dando vida a vários córregos e rios como o Campo Belo, formador do famoso Lago Azul, e que depois irá abastecer a cidade com suas águas puras e cristalinas. Do outro lado do parque está a nascente do nosso conhecido e tão próximo rio Preto, divisor dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Apesar da beleza e de sua importância como área de preservação da flora e fauna regional, o parque é vitimado pela ação inconsequente de caçadores e palmiteiros que buscam na típica palmeira fonte de renda ilegal. Para completar o quadro de agentes agressores temos ainda as queimadas, que tem sua origem com freqüência nas propriedades vizinhas onde o fogo é usado para a limpeza e renovação da pastagem.


Fazendo conexões

1- A mata Atlântica é encontrada em quais regiões do Brasil?

2- As formações rochosas do PNI pertencem ao grupo das rochas magmáticas ou ígneas. Basicamente, como são formadas essas rochas?

3- O nosso rio Preto já foi alvo dos garimpeiros, no passado. O que eles buscavam? Por que a prática do garimpo foi proibida nesse rio?

4- Por que é importante proteger os locais onde existem espécies endêmicas?


Descubra as respostas e comente em nosso blog.


 
                                                               Saída de Santa Isabel


 
                                                                     Pé-de-moleque

                                       Entrada do parque (foto fornecida por Natália – 801)


                                                                Centro de Visitantes


                                                                   Calçada da Fauna


                                               visão geral de uma das salas do museu


                                                            Pico das Agulhas Negras


                                                                             Quati


                                                                        Bromélia


                                               Animais empalhados expostos no museu


                                                           Trilha de acesso ao Lago Azul


                                                                    Rio Campo Belo


                                         Mata Atlântica com muitos exemplares de palmito


                                                         Nossos intrépidos exploradores



Para saber mais http://www.icmbio.gov.br/parna_itatiaia/
http://www.revistaturismo.com.br/Ecoturismo/parquesnacionais.html

Acesse também a página da Equipe Bioma e veja mais fotos.